Moleque

Origem da palavra moleque

Do quimbundo mu’leke, que significa literalmente “filho pequeno” ou “garoto”.

O quimbundo é uma das línguas bantas (da família linguística nígero-congolesa) mais faladas em Angola, na África.

Este termo chegou ao Brasil através dos escravos africanos angolanos, que chamavam os seus filhos de mu’lekes.

Com o passar do tempo, esta palavra começou a apresentar um significado pejorativo, devido ao preconceito existente contra tudo o que era próprio dos negros, inclusive o modo como chamavam os seus filhos.

Durante o período da escravidão, por exemplo, chamar um menino branco de “moleque” era considerada uma grande ofensa.

Atualmente, a palavra “moleque” é atribuída às crianças traquinas, sapecas ou desobedientes.

Também pode ser utilizada como um adjetivo para qualificar a personalidade de uma pessoa brincalhona, que faz travessuras ou que não merece muita confiança (num sentido pejorativo).

Algumas pessoas relacionam, erroneamente, a origem da palavra moleque com o hebraico Moloch, o nome de um deus para os amonitas, um dos povos que habitavam a península arábica.

Moloch significa “Rei”, em uma tradução geral para a língua portuguesa. De acordo com os relatos bíblicos, os seguidores de Moloch (ou Moloque, em português), ofereciam os seus filhos em sacrifício ao deus. Os filhos sacrificados seriam chamados de moleques.

No entanto, como dito, esta é uma interpretação bastante disseminada e totalmente equivocada sobre a origem etimológica do termo moleque.